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28.11.12

A CBF DOS FILHOTES DA DITADURA VAI DE MAL A PIOR

Como deputado lambe-botas dos militares, Marin era
fã extremado do hediondo delegado Sérgio Fleury
Luiz Felipe Scolari é o técnico escolhido para dirigir a Seleção Brasileira pela dupla de filhotes da ditadura José Maria Marin/Marco Polo Del Nero, cuja condição de antigos colaboradores do regime militar já foi exaustivamente provada pelo Juca Kfouri.

Foi a PIOR escolha possível. Assim como Dunga, trata-se de um antigo cabeça-de-bagre dos gramados, que jamais esqueceu de como era humilhado pelos craques. Depois, na condição de técnico, passou o resto da vida priorizando a transpiração e  detestando os que têm inspiração. 

No seu caso, o ressentimento dos limitados contra os naturalmente talentosos atinge o paroxismo. Sempre preparou as equipes para a guerra, não para competições esportivas. Daí  suas conquistas serem quase todas em torneios de curta duração, nos quais o aguerrimento  às vezes prevalecia.  

Antes de se tornar totalmente superado, como está agora, ele vencia mata-matas --e não medíocres como a Copa do Brasil 2012, que provavelmente será seu canto do cisne. Sempre apostando em defesas bem fechadas e algo desleais, num lançador (desde Arce até Marcos Assunção) e num artilheiro (de Jardel a Barcos). O futebol reduzido a um mínimo às vezes suficiente, mas sempre tosco e sem brilho.

Só que, após a conquista do Mundial de 2002, até como técnico  motivador  ele tem fracassado melancolicamente. 

Jogadores do Palmeiras sabotaram Felipão por
ter colocado as torcidas organizadas contra eles
Foi o maior responsável pelo rebaixamento do Palmeiras, tendo perdido totalmente a autoridade moral sobre o elenco quando os jogadores ficaram sabendo que, por meio de um capacho, ele vazara às torcidas organizadas o nome de jogadores baladeiros, para que os brucutus os fossem hostilizar.

Como os boleiros detestam traíras, o Palmeiras, a partir daí, convulsionou-se e entrou inexoravelmente no rumo da 2ª divisão.

E, perante quaisquer esportistas de verdade, Felipão caiu do pedestal ao admitir que o Palmeiras entregasse jogos para prejudicar o Corinthians no Brasileirão 2010. Chegou ao cúmulo de liberar todos os titulares para férias antes da última partida.

O pior de tudo é que sua indicação é uma aposta dos saudosos do autoritarismo na fabricação de um clima patrioteiro, idêntico ao que havia no Brasil em 1970 e na Argentina em 1978. 

Não funcionará, é claro, com o Brasil tendendo a ser detonado pela Argentina do grande Messi ou pela excelência do jogo coletivo da Espanha e Alemanha. Para superar nossa evidente inferioridade diante de tais adversários, precisamos de técnicos estrategistas, não trogloditas.

Se seguirmos adiante com Marin, Del Nero e Felipão, o  maracanazzo  de 1950 não vai se repetir... porque sequer chegaremos à finalíssima. O mais provável é nem passarmos das quartas-de-final, com o  mestre  Felipão se igualando a seu discípulo Dunga.

26.11.12

"QUE APROVEITA AO HOMEM GANHAR O MUNDO INTEIRO, SE PERDER A SUA ALMA?"

Juiz Haywood (Spencer Tracy): a primeira
infâmia abre caminho para todas as outras
Há sempre uma desculpa ou atenuante qualquer para se ultrapassar a fronteira entre a civilização e a barbárie, o justo e o injusto, o certo e o errado, o digno e o indigno.   

Então, a regra de ouro foi expressa pelo velho juiz protagonizado por Spencer Tracy, num filme memorável: Tribunal em Nuremberg (d. Stanley Kramer, 1961). 

Indagado sobre quando começou o desvirtuamento da Justiça alemã  sob o nazismo, ele responde: "Foi no dia em que o primeiro juiz condenou o primeiro réu que ele sabia ser inocente".

É imperativo para nós, os verdadeiros revolucionários, voltarmos a ser os que não abrem o precedente dúbio, ao qual segue-se a banalização da dubiedade. Por maior que seja o preço a pagar, cabe-nos personificar a alternativa à geléia geral na qual conveniências amorais e imorais são colocadas à frente dos princípios. Ou não haverá para o cidadão comum nenhum símbolo visível de que outro mundo seja possível.

O PSOL pode agora abrir tal precedente, ao consentir que Clécio Luís, seu primeiro prefeito de capital, defenda posturas TOTALMENTE inaceitáveis (como a aceitação do financiamento de bancos e empreiteiras e as alianças indiscriminadas com reformistas) à luz dos valores socialistas e libertários aos quais aderiu até no nome. Com o agravante de já haver aceitado apoios repulsivos para vencer a eleição --os quais, sabem-no os que não acreditam em Papai Noel, certamente terão consequências nefastas na sua gestão.

Se não reagir firmemente na defesa de sua identidade política, o PSOL entrará no mesmo caminho sem volta que o PT começou a trilhar quando da expulsão de Paulo de Tarso Venceslau, em 1998.

Venceslau, o que levou o bom
combate às últimas consequências
A QUEDA DOS ANJOS

Ex-militante do movimento universitário e antigo combatente da ALN, o economista Venceslau foi a única voz no partido a protestar contra o PRIMEIRO grande esquema de desvio de recursos públicos para financiamento partidário, por meio de uma firma chamada CPEM - Consultoria para Empresas e Municípios.

Tendo sido secretário das finanças de duas prefeituras petistas no interior paulista, em ambas ele resistira às pressões para contratar a CPEM ou para pagar-lhe valores exorbitantes por serviços já prestados, acabando por ser exonerado da última delas, a de São José dos Campos.

Depois de dois anos de denúncias infrutíferas aos dirigentes máximos do PT, Venceslau tornou público o favorecimento escuso à CEPM em entrevista ao Jornal da Tarde.

Como resposta ao escândalo, o partido submeteu o assunto a Comissão de Ética presidida por Hélio Bicudo, cuja salomônica decisão foi a de que Venceslau deveria ser expulso por haver vazado um assunto interno para a imprensa burguesa; idem o empresário Roberto Teixeira, da CPEM, por pilotar um mais do que evidente (e evidenciado no relatório final da Comissão) esquema de corrupção, bem ao estilo daquele que depois celebrizaria Marcos Valério. 

Luiz Inácio Lula da Silva, que Venceslau aponta como responsável pela montagem de tal esquema e maior beneficiário (graças ao dinheiro sujo, sua tendência teria mantido a supremacia no partido), ameaçou sair do PT juntamente com Teixeira --que, além de tudo, era seu compadre e lhe fornecia um apartamento de cobertura para morar de graça.

A direção estadual optou, então, por desconsiderar o parecer da Comissão de Ética, expulsando somente Venceslau. Foi o instante em que se assumiu como um partido igual aos outros, capaz até de sacrificar um militante honesto (e REVOLUCIONÁRIO!!!) para preservar uma maçã podre. 

Teixeira,  figurinha carimbada, seria depois
convocado para depor na CPI dos Bingos
Segundo Venceslau, o tal Teixeira havia sido, inclusive, "torturador do delegado Fleury". E em 2006, quando era advogado da Brasil Telecom e foi convocado para depor na CPI dos Bingos, admitiu "conhecer" Daniel Dantas, dizendo-se impedido de dar mais detalhes por haver cláusula de confidencialidade

Ao contrário do que os petistas querem nos fazer crer, no caso deles o  ovo da serpente  não foi o  mensalão mineiro, mas sim as maracutaias da CPEM. Estão certíssimos ao alegarem que todos os grandes partidos do sistema incidem nas mesmíssimas práticas, mas devemos sempre lembrar-lhes que o PT tinha obrigação política e moral de não resvalar para tal vala comum.

Tudo que de ruim aconteceria depois foi consequência desta terrível decisão. Orgulho-me de haver me solidarizado a Venceslau, antecipando que o partido tendia ao desvirtuamento, no artigo PT expulsa PT, que o Jornal da Tarde publicou com destaque na sua página de Opinião, ao lado e como contrapartida a uma crítica que João Paulo Cunha (logo quem...) fazia ao correto trabalho jornalístico de Luiz Maklouf Carvalho.

Como, face às mesmas circunstâncias, tendemos a desempenhar novamente os mesmos papéis, devo ter sido o primeiro a pedir agora a expulsão de Clécio Luís (vide aqui). É provável que nem desta vez meu alerta leve ao esmagamento do  ovo da serpente, mas a minha parte eu sempre faço.

24.11.12

SELEÇÃO: UM CHEIRO DE 1950 NO AR

Mano Menezes estava fazendo um trabalho razoável como técnico da Seleção Brasileira; nem belo de admirar, nem feio de espantar.

Não tinha acertado a defesa, mas o ataque prometia, com Neymar, Oscar e o surpreendente Hulk. 

Faltava encontrar o  maestro  ideal, que nunca foi Kaká.

Mas, é algo raro no futebol brasileiro: um homem decente e respeitável.

No quesito moral, José Maria Marin, lambe-botas dos militares durante a ditadura, não passa de um liliputiano perto dele. E foi como liliputiano que o demitiu, agindo da forma mais traiçoeira possível.

Se for substituído por Pep Guardiola, terá sido um mal que veio para bem.

Deus nos livre do acabado Felipão, que nunca foi um grande técnico, teve muita sorte em 2002 (apostou irracionalmente em Ronaldo  Fenômeno  e este renasceu das cinzas, como também poderia jamais haver dado a volta por cima) e tem feito péssimo trabalho desde então, sendo um dos maiores responsáveis pela recente queda palmeirense.
Isto é Marin: como deputado, fez rasgados elogios
ao delegado Sérgio Fleury, assassino de Marighella.


Pior: mostrou péssimo caráter ao deixar que seu time entregasse jogo para prejudicar o Corinthians, chegando ao cúmulo de dispensar todos os titulares para as férias antes da partida final do Brasileirão 2010.

Muricy e Tite são mais dignos, portanto conviverão muito mal com os Marins, Del Neros e Sanchez da vida.

Sinto no ar um cheiro de 1950, aquele Mundial que os execráveis  cartolas  brasileiros jogaram no lixo, deixando que a Seleção entrasse no clima do  já ganhou!  e determinando ao limitadíssimo zagueiro Bigode que se abstivesse de  pegar pesado  para não enfear a conquista, tida como certa.

Deu no que deu: foi a avenida pela qual o grande ponteiro Gighia desfilou, carregando o Uruguai para a vitória.

18.11.12

PROVOCADORES PROVOCAM, MATADORES MATAM. O DE SEMPRE

Sou cinéfilo e costumo rever os meus cults cinematográficos a cada par de anos. Quando explode a vingança, do Sergio Leone, é um que já devo ter assistido umas 20 vezes, de 1971 para cá.

Mas, quando o filme é previsível e deprimente, nenhum circuito programa sucessivas reprises, nem os programadores das tevês o botam no ar a toda hora.

Bem diferente do espetáculo ora em cartaz, pela enésima vez, no Oriente Médio. É intragável mas, periodicamente, enfiam-no de novo pela nossa goela adentro.

De um lado, grupos radicais dos países árabes cutucam a onça com vara curta, geralmente causando poucos danos.

Do outro, os israelenses reagem com furor desmedido, extrapolando em muito a dimensão do fato que deu pretexto à matança. Lembram os nazistas em países ocupados: se um soldado alemão era morto pelos partisans, os  nazis  agarravam a esmo dezenas de moradores do bairro e os executavam bestialmente, como forma de intimidação.

Os irresponsáveis que atraem represálias contra idosos, mulheres e crianças não se comportam como combatentes do povo, são  covardes e vis; e Israel é, simplesmente, o IV Reich, repetindo hoje o que seus carrascos do século passado faziam de pior. Ambos merecem o nosso mais profundo desprezo.

NADA justifica isto!!!
O resultado é sempre o mesmo: morre muita gente inocente e nunca se chega a lugar nenhum.

Se o objetivo é derrotar Israel, tais radicais têm de, primeiramente, escorraçar os tiranetes feudais que não ousam armar seus povos por medo de que as armas se voltem contra eles. Enquanto essa corja se mantiver no poder, jamais haverá verdadeira guerra santa unindo todos os povos árabes contra seu opressor comum. Resumindo: as revoluções têm de vir primeiro, para a cruzada contra Israel poder dar certo depois.

Desunidos, eles não têm poderio bélico suficiente para vencerem o hiper, super, ultramilitarizado estado neonazista (que, como os gays de antigamente, não ousa dizer seu nome, mas a estrela de Davi há muito deveria ter sido substituída pela suástica...).

Outro pequeno detalhe: se um dia Israel estiver ameaçado de sofrer a derrota final, os EUA inevitavelmente intervirão em seu socorro. Então, há um ogro maior ainda escondido atrás do ogro que até agora vem surrando os árabes periodica e impiedosamente. Isto deveria ser sempre levado em conta, mas não é. 

Sem fibra para fazerem o que é certo, só que bem mais difícil, os radicais investem em provocações à distância, acreditando que as imagens dantescas dos morticínios delas decorrentes provoquem indignação suficiente para forçar uma guerra santa. Negativo. Os tiranetes fingem e continuarão fingindo que não é com eles.

É como tentar fazer um carro pegar  no tranco, quando a bateria está falhando.  Neste caso, não dá certo. Talvez porque as reações dos humanos não sejam exatamente mecânicas...

13.11.12

SOBRE MORUS, TIRADENTES... E ZÉ DIRCEU

Hoje me lembrei de um dos meus filmes prediletos: O homem que não vendeu sua alma (d. Fred Zinneman, 1966).

É sobre a dignidade com que o grande pensador Thomas Morus (Paul Scofield) resiste às pressões do rei Henrique VIII (Robert Shaw), obcecado em arrancar-lhe um endosso à sua ruptura com a Igreja Católica e à decisão de tornar-se ele próprio o chefe espiritual dos ingleses. 

Morus era católico fervoroso e preferiu perder tudo (poder, riqueza e a própria vida) do que coonestar as pretensões papais do monarca.

Levado a julgamento, o autor da Utopia, com extrema habilidade, evitou tanto trair suas convicções como fornecer aos acusadores quaisquer justificativas legais para sua condenação.

Até que um crapulazinho ambicioso (John Hurt) dá o falso testemunho que o condena, recebendo como recompensa o cargo de coletor de impostos no território de Gales.

Morus, com infinito desprezo, diz-lhe que nem por riquezas incomensuráveis compensaria ele ter perdido a alma; muito menos "por Gales" (recém-anexado e tido como insignificante).

Embora me entristeça a condenação do antigo companheiro de jornadas estudantis e tenha considerado sua pena exageradíssima, parece-me que ele se vulnerabilizou  irrefletidamente, colocando o pescoço no laço que a veja e outras escórias sempre mantiveram armado para ele.

Melhor seria se, como Morus, tivesse permanecido fiel aos valores originais. No seu caso, perseverando nas tentativas de mudar o mundo, ao invés de aderir à  realpolitik (começando pelo  crime, muito pior do que qualquer mensalão, de ele ter pessoalmente negociado os termos da capitulação de Lula aos grandes capitalistas em 2002, assumindo o compromisso de que as linhas mestras da política econômica de FHC permaneceriam intocadas sob a Presidência petista).

O governo manietado daí decorrente,  exatamente por não ser revolucionário, nem de longe justificava o preço que ele agora pagará, esses  10 anos por Gales!

Bem diferente do caso de Tiradentes: ninguém tem dúvidas sobre se valeu a pena ele morrer pela independência.

7.11.12

UM ESTRANHO NO NINHO DO PSOL

Este é o caminho que Clécio Luís aponta para o PSOL
É um imperativo moral para o PSOL expulsar de suas fileiras o prefeito eleito de Macapá, Clécio Luís, por trombetear posições que o descaracterizariam como partido de esquerda.

Em entrevista concedida à Folha de S. Paulo, Clécio ofende a nossa inteligência ao afirmar:
  • que o PSOL deveria rever o veto a financiamento de bancos e empreiteiras, pois "para enfrentarmos eleições, nós temos que ter estrutura para podermos nos movimentar", passando a dispor "das mesmas ferramentas" dos demais partidos; e
  • que, por não ter "relações orgânicas com esses grupos", o PSOL não se tornaria um partido promíscuo (como todos os outros que seguiram o mesmo caminho...).
Se o Clécio acredita que bancos e empreiteiras sejam entidades beneméritas, prontas para financiarem candidatos do PSOL sem nenhuma contrapartida ilegal e/ou imoral, está no lugar errado. Que vá procurar sua turma entre os que ainda creem em Papai Noel e não enxergam (ou não querem ver) as distorções da democracia sob o capitalismo putrefato.

Quanto à sua proposta de uma "política de reaproximação" com outros partidos, inclusive o PT, implicaria trair o compromisso fundamental do PSOL com o socialismo revolucionário.

Revolucionários existem para acabarem com a exploração do homem pelo homem. Reformistas cumprem o papel de atenuarem os malefícios do capitalismo, desviando para a mesa dos explorados algumas migalhas a mais do banquete dos exploradores. Não há nem jamais haverá identidade ESTRATÉGICA possível entre ambos.

Como nos tempos de Rosa Luxemburgo, há uma
opção a ser feita entre reforma e revolução.
Podem somar forças em algumas circunstâncias, mas a aliança será sempre, exclusivamente, TÁTICA. P. ex., quanto ao apoio e defesa de políticas sociais, mas nunca perdendo de vista que aos revolucionários cumpre aprofundá-las, não se detendo nos limites aceitáveis para os capitalistas.  

Ou seja, devemos, sim, somar forças com os reformistas quando se trata de evitar retrocessos e respaldar avanços, ainda que homeopáticos. Mas, nunca nos restringindo a eles nem deixando de ressaltar que a nossa luta é por objetivos maiores, por conquistas verdadeiras e definitivas, não por meros paliativos. 

Queremos isso e queremos muito mais, porque os trabalhadores merecem muito mais. Merecem ser os senhores de uma sociedade igualitária e livre.

Depois de aceitar apoios extremamente questionáveis para ser eleito, Clécio está fornecendo à imprensa burguesa os maiores trunfos para a desmoralização do partido desde a sua fundação. Salta aos olhos que a mensagem implícita do jornal da  ditabranda   é: "Vejam como os políticos do PSOL mudam seu discurso quando chegam ao poder. Mostram-se tão oportunistas quanto todos os outros".

O que podemos esperar do seu governo, além de outras  flexibilizações de princípios  que envergonharão e desacreditarão o PSOL?

Se não o expulsar, o partido estará abrindo mão de algo muito mais valioso do que a prefeitura de Macapá: a sua identidade.

3.11.12

JÁ QUE LULA É IMBATÍVEL NA URNAS, TENTARÃO TORNÁ-LO INELEGÍVEL

Na análise que fiz sobre o 2º turno da eleição paulistana (ver aqui), pensei em incluir um alerta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recomendando que reforçasse sua segurança.

A vitória de Fernando Haddad, aposta temerária de Lula que deu certo, praticamente afastou qualquer possibilidade de não ser ele o candidato do PT à eleição presidencial de 2014, com enorme chance de conquistar o terceiro mandato.

Ora, há direitistas dispostos a tudo para quebrarem o círculo virtuoso do lulismo.

As analogias históricas não podem ser descartadas, pois as repetições das tragédias ocorrem amiúde --e nem sempre como farsas.

Em 1945, as forças retrógradas pensaram que bastaria uma pequena ajuda estadunidense para se livrarem de Getúlio Vargas, a pretexto da supressão de uma ditadura semelhante às derrotadas nos campos de batalha da II Guerra Mundial.

O objetivo imediato foi conseguido, com o pressionado Vargas abdicando do poder e de concorrer à eleição presidencial imediata. Contudo, ele apoiou o poste Eurico Gaspar Dutra, fazendo com que fosse eleito; depois, sucedeu-o pela via democrática.

Desde setembro a "veja" tudo faz para
que seja aceita a barganha a delação
Os reaças contra-atacaram com a articulação (capitaneada pela UDN) para forçar o seu impeachment, por corrupção, em 1954.

Se tal cartada também tivesse falhado, qual seria o passo seguinte? Sabe-se lá. O certo é que quem vai tão longe, não volta atrás; joga cada vez mais pesado.

O lulismo já está no terceiro mandato presidencial e a conquista do quarto parece ser favas contadas. O escândalo do  mensalão  não produziu o mesmo resultado do  mar de lama, assim como o Cansei! não conseguira bisar a Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade.

Então, minha sensibilidade política, no próprio domingo da eleição, era de que alguma ação mais contundente seria tentada pela direita, já que nas urnas ficou bem difícil barrar Lula. Mas, como muita gente confunde  reflexão  com  torcida, acabei deixando pra lá. Estou cansado de ser mal interpretado.

A notícia d'O Estado de S. Paulo, de que o condenado Marcos Valério Fernandes de Souza oferece-se para incriminar Lula em troca de uma vaguinha no programa federal de proteção à testemunha (o que o livraria do xilindró), mostra uma alternativa à  opção Kennedy, com a vantagem de não deixar para trás  perguntas que não querem calar.

Seria baterem de novo na tecla  mar de lama, só que agora com pata de elefante, envolvendo Lula inclusive na morte de um ex-prefeito de Santo André, o arquivo queimado Celso Daniel.

Vamos ver o que decidirão o procurador-geral da República e o Supremo Tribunal Federal. Pode-se depreender que a proposta indecente do traira tendia a não ser aceita, daí terem-na vazado para a imprensa, visando constranger Roberto Gurgel e o STF. Já há ministros do Supremo admitindo que Valério seja protegido.

O certo é que Lula tem um caminho pedregoso pela frente, até a eleição de 2014. Se ainda usasse barbas, deveria botá-las de molho...

1.11.12

CLIENTE = COCÔ DO CAVALO DO BANDIDO (NA VISÃO DO UOL)

Abaixo estão a queixa que enviei na madrugada deste dia 1º à ombudsman do UOL e um complemento que encaminhei a ela agora pela manhã. São autoexplicativos.

SOU ASSINANTE DO UOL HÁ PELO MENOS UMA DÉCADA. MINHA MENSALIDADE É SEMPRE DEBITADA EM CONTA, SEM PROBLEMA NENHUM.

EM OUTUBRO, CONTUDO, NÃO HOUVE O DÉBITO POR PROBLEMAS QUE, ABSOLUTAMENTE, NÃO ME DIZEM RESPEITO: GREVE BANCÁRIA E INCAPACIDADE DO UOL DE EQUACIONAR A SITUAÇÃO SEM INCOMODAR O CLIENTE -- EU.

PARA PIORAR, PASSEI A RECEBER E-MAILS DESELEGANTES E IMPOSITIVOS, QUE SERIAM EXAGERADOS MESMO NO CASO DE CLIENTE RESPONSÁVEL PELA INADIMPLÊNCIA. QUE COMUNICAÇÃO DESASTROSA!

MESMO ASSIM, TOMEI A INICIATIVA DE CONTATAR O SAC E PEDIR QUE ME ENVIASSEM UM BOLETO ELETRÔNICO. PROMETERAM MANDAR, MAS NADA CHEGOU.

O QUE CHEGOU FOI UM BOLETO, PELO CORREIO. A DATA DE VENCIMENTO É 7 DE NOVEMBRO.

PAGUEI-O NESTA 4ª FEIRA, DIA 31. ANTECIPADAMENTE, PORTANTO.

AGORA HÁ POUCO, TENTANDO ACESSAR MEU E-MAIL SECUNDÁRIO, CONSTATEI, PASMO, QUE O ACESSO HAVIA SIDO CORTADO. ISTO NUM CASO DE UM CLIENTE EXEMPLAR, QUE NÃO TEVE RESPONSABILIDADE NENHUMA NA NÃO EFETIVAÇÃO DO DÉBITO E QUE SEMPRE SE DISPÔS A PAGAR, NÃO O FAZENDO ANTES POR NÃO HAVER RECEBIDO A PROMETIDA FATURA POR E-MAIL!!!

PARA COMPLETAR A COMÉDIA DE ERROS, VOCÊS PROMETEM ATENDIMENTO TELEFÔNICO 24 HORAS, MAS A ATENDENTE NÃO PÔDE SANAR O PROBLEMA DE MADRUGADA PORQUE ISTO DEPENDE DO SETOR DE COBRANÇAS, QUE "FECHA" ÀS 22h30...

GRAÇAS A ESSA SUCESSÃO DE LAMBANÇAS, FICOU PREJUDICADO O TRABALHO QUE EU ESTAVA FAZENDO NA HORA. JORNALISTA TRABALHA TAMBÉM NESSES HORÁRIOS ESTRANHOS, COMO VOCÊ DEVE SABER.

PROTESTO VEEMENTE CONTRA O CORTE INJUSTIFICADO E PRECIPITADO DO SERVIÇO QUE CONTRATEI. NEM MESMO CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇOS PÚBLICOS TOMA ESSAS ATITUDES ANTIPÁTICAS ANTES DE 30 DIAS DE INADIMPLÊNCIA.

PIOR AINDA É UMA ORGANIZAÇÃO BATER CABEÇA. SE MANDAM UM BOLETO COM 07/11 COMO DATA-LIMITE, É ÓBVIO QUE QUALQUER MEDIDA RETALIATÓRIA SÓ PODE SER TOMADA CASO NÃO HAJA PAGAMENTO NO DIA 07/11. É O ABC DO OFÍCIO.

O UOL ME DEVE DESCULPAS E A ADOÇÃO DE MEDIDAS PARA EVITAR A REPETIÇÃO DESTE PATÉTICO EPISÓDIO.

* * *

A COMÉDIA DE ERROS PROSSEGUE. ALÉM DO RELATADO ABAIXO, ENTREI EM CONTATO COM O SETOR DE COBRANÇA ÀS 10h56 DESTE DIA 1º E FUI INFORMADO DE QUE O LEVANTAMENTO DO BLOQUEIO DE ALGUNS RECURSOS SÓ SE DARÁ APÓS A CONFIRMAÇÃO DO PAGAMENTO EFETUADO ONTEM, EMBORA EU TIVESSE EM MÃOS O RECIBO ELETRÔNICO, PODENDO FORNECER OS DADOS (AGÊNCIA, HORÁRIO, Nº, ETC.).

OU SEJA: O CLIENTE É CULPADO (DE UMA INADIMPLÊNCIA DA QUAL NEM SEQUER FOI RESPONSÁVEL) ATÉ QUE PROVE A INOCÊNCIA. MAIS UM ABSURDO. 

SE O EMBARGO NÃO FOR IMEDIATAMENTE LEVANTADO, ACIONAREI TODOS OS ÓRGÃOS DE DEFESA DO CONSUMIDOR E ESCREVEREI PARA TODAS AS COLUNAS DE DIREITOS DO CONSUMIDOR DA NOSSA IMPRENSA. 
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