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24.11.12

SELEÇÃO: UM CHEIRO DE 1950 NO AR

Mano Menezes estava fazendo um trabalho razoável como técnico da Seleção Brasileira; nem belo de admirar, nem feio de espantar.

Não tinha acertado a defesa, mas o ataque prometia, com Neymar, Oscar e o surpreendente Hulk. 

Faltava encontrar o  maestro  ideal, que nunca foi Kaká.

Mas, é algo raro no futebol brasileiro: um homem decente e respeitável.

No quesito moral, José Maria Marin, lambe-botas dos militares durante a ditadura, não passa de um liliputiano perto dele. E foi como liliputiano que o demitiu, agindo da forma mais traiçoeira possível.

Se for substituído por Pep Guardiola, terá sido um mal que veio para bem.

Deus nos livre do acabado Felipão, que nunca foi um grande técnico, teve muita sorte em 2002 (apostou irracionalmente em Ronaldo  Fenômeno  e este renasceu das cinzas, como também poderia jamais haver dado a volta por cima) e tem feito péssimo trabalho desde então, sendo um dos maiores responsáveis pela recente queda palmeirense.
Isto é Marin: como deputado, fez rasgados elogios
ao delegado Sérgio Fleury, assassino de Marighella.


Pior: mostrou péssimo caráter ao deixar que seu time entregasse jogo para prejudicar o Corinthians, chegando ao cúmulo de dispensar todos os titulares para as férias antes da partida final do Brasileirão 2010.

Muricy e Tite são mais dignos, portanto conviverão muito mal com os Marins, Del Neros e Sanchez da vida.

Sinto no ar um cheiro de 1950, aquele Mundial que os execráveis  cartolas  brasileiros jogaram no lixo, deixando que a Seleção entrasse no clima do  já ganhou!  e determinando ao limitadíssimo zagueiro Bigode que se abstivesse de  pegar pesado  para não enfear a conquista, tida como certa.

Deu no que deu: foi a avenida pela qual o grande ponteiro Gighia desfilou, carregando o Uruguai para a vitória.

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